O caráter do sonhador vence
a prova - Parte 1
“Enviou
adiante deles um varão; José foi vendido como escravo; feriram-lhe os pés com
grilhões; puseram-no a ferro, até o tempo em que a sua palavra se cumpriu; a
palavra do Senhor o provou. O rei mandou, e fez soltá-lo; o governador dos
povos o libertou. Fê-lo senhor da sua casa, e governador de toda a sua fazenda,
para, a seu gosto, dar ordens aos príncipes, e ensinar aos anciãos a sabedoria.
Então Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na terra de Cão. E o Senhor
multiplicou sobremodo o seu povo, e o fez mais poderoso do que os seus
inimigos. Mudou o coração destes para que odiassem o seu povo, e tratassem
astutamente aos seus servos.” (Salmos 105:17-25)
Somos uma geração de sonhadores e sonhos não se
concretizam sem guerra, sem lutas. A guerra existe em dois níveis: interno e
externo. A guerra externa não é difícil nem dolorosa, quando comparada à
interna. A guerra interna é dramática, é dolorosa, é difícil porque lutamos
contra fortalezas de alma. Todo sonho, para ser constituído, é necessário
travar esses dois níveis de guerra.
A guerra interna é aquela na qual lutamos contra a
mente humanista, a mente deste século, contra o espírito que opera nos filhos
da desobediência. “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos
e pecados, nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de
desobediência...” (Efésios 2:1-2)
A guerra externa é aquela travada contra a disputa
de territórios internos. Não há como alcançarmos conquistas de territórios sem
antes encontrarmos pessoas que já estejam trabalhando nesse território. O
inimigo não entrega nenhum território facilmente. Ele sabe como manter uma
terra em cativeiro, dificultando a sua conquista.
A Bíblia diz que houve um homem, Caim, que recebeu
um sinal na testa como o fruto da sua desobediência. Ele procurou motivos para
guerrear contra o seu irmão. E, encontrou algo que envolvia a pessoa de Deus: a
oferta.
Abel possuía uma alma livre, tranquila e agradava o
coração de Deus. Caim criou uma expectativa errada e começou a se enciumar
contra o seu irmão, mas este não sabia. Ele matou o seu irmão por causa de
ciúmes e inveja.
Aprenda algo com isso: o adversário odeia pastores.
A primeira morte que a Palavra revela é a de um pastor. Abel não morreu de
morte natural. Ele não gozou a sua juventude. Ele foi assassinado pelo seu
irmão. Quantas gerações têm se levantado para matar o sonho do coração dos
pastores!
Deus muda essa história e, através da vida de Caim,
nascem dois filhos: Jubal, músico, adorador, e Jabal, pastor, que possuía as
mesmas características de Abel. Dessa forma, Deus recompensa e restitui a
história.
O inimigo odeia pastores e trabalha para imobilizar
o ministério pastoral. A função principal do pastoreamento é o cuidado, e o
inimigo quer exterminar a geração de pastores. Você que é líder de células, não
desista, pois você exerce a função de pastoreamento.
José restituiu o convívio com os seus irmãos. Foi
difícil, mas ele fez. Por mais que os tenha trazido debaixo de guerra interior
– pois a Bíblia não relata seus conflitos internos, mas certamente ele os tinha
– trouxe de volta os seus irmãos. As Escrituras dizem que essa atitude de José
agradou a Faraó.
Provado na alma para restaurar a família
Sabemos que toda liderança que faz diferença, que
se impõe, é perseguida. Vemos, na vida de José, a sensibilidade e como ele fez
questão de declarar que os seus irmãos eram pastores.
Ele disse acerca dos seus irmãos: todos eles são
pastores (Gênesis 47:1-3). Porém, os egípcios odiavam os pastores. O inimigo
não quer que as pessoas recebam libertação, cura, caráter transformado e é por
isso que ele persegue tanto a vida dos líderes, dos pastores, matando os sonhos
do coração, daqueles que têm despertado liderança.
A nossa alma é assim: sempre nos quer levar à
negação da conquista, mas, se for estruturada, pode restaurar toda nossa casa.
Deus está levantando uma geração de pastores e
líderes, homens e mulheres que não se entregam facilmente, que lutarão e
estabelecerão territórios, líderes corajosos que mudarão a história do
território que o Senhor lhes tem confiado. Ele tem trabalhado o caráter dessa geração
e tem mostrado o quanto precisamos firmar e estabelecer territórios através de
uma liderança eficaz.
Um sonho pode ser amedrontador, pavoroso,
incomodativo, temeroso ou prazeroso, enfim, mas algo é certo: as pessoas não
gostam de sonhadores, daqueles que despertam liderança.
Observe como muitas vezes em sua igreja aquele que
é mais líder é o mais perseguido, quando deveria ser o mais aplaudido. Onde
existe uma liderança eficaz, ela força todos os outros a virem atrás. As
pessoas são compelidas a fazerem o mesmo.
Quando você assimila um bom conceito familiar, fica
mais fácil a conquista no que se refere à restauração da nossa gente. Vale a
pena ter uma alma restaurada.
Aqueles que não gostam de trabalhar começam a
perseguir os que produzem. Aquele que produz elimina a mediocridade da equipe.
Pelo trabalho deste, é denunciado o que as pessoas não estão realizando.
Seus sonhos serão restaurados e você terá motivo
para prosseguir para o alvo que o Senhor o tem chamado. Precisamos ser como
José, um homem que buscou forças em Deus para vencer as circunstâncias
difíceis. Quando nos apegamos a Deus, não há circunstâncias que nos vençam, que
nos paralisem, que nos detenham.
Ao recebermos de Deus um sonho, Ele até permite que
os inimigos se levantem, mas com eles vêm, também, o encorajamento para
vencermos todas as dificuldades.
Precisamos buscar em Deus forças para vencer as
circunstâncias difíceis. Se Deus lhe der força, não haverá circunstâncias que o
vençam. A primeira coisa que Deus faz quando Ele lhe dá um sonho é permitir que
os opositores se levantem. A unção que Deus libera a esse sonho vence todas as
situações adversas. Diante de uma palavra de Deus, de uma palavra de vida, nada
nos vence.
Você está vivendo a única vida que tem. Como ela é
a única, você precisa aproveitar essa chance, sabendo que só há dois caminhos a
escolher: o Céu, através de Yeshua, ou o inferno, através do diabo.
Essa é a única geração que você tem e, por ser
única, viva a plenitude que Deus tem para entregar-lhe. Não permita que o inimigo
roube essa plenitude. Você não terá duas vidas, não haverá duas gerações. Viva
a plenitude do que Deus tem para você e não permita que nada nem ninguém roube
as promessas que Deus lhe fez. Aproveite a sua vida e galgue o seu êxito.
Sonhe!
Seja diferente para fazer diferença na geração que
você nasceu. Deixe que todos saibam quem é Deus na sua vida, deixe que Ele
realize os sonhos do Seu coração em linha com a Sua Palavra. A única forma de
enfrentar uma profecia é travando uma guerra e passando por uma prova. O trunfo
de José é que, por mais difícil que tenha sido conviver em família, em meio a
tanta problemática, ele resistiu. Não permita que nada impeça que você seja
usado para mudar a realidade familiar.
A Palavra nos ensina que as provas virão, mas para
que sejamos aprovados e não reprovados. “Bem-aventurado o homem que suporta
a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor
prometeu aos que o amam.” (Tiago 1:12). Nosso destino nas provações é a
aprovação.
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